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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

HOMENAGEM A PROFESSORES, INCLUSIVE ESTE AQUI

 Foi no início de 2009.

Eu fui homenageado por uma turma de formandos da Filosofia, UFU.

Infelizmente, tive que tirar uma licença

e não estive presente na colação. 

Mas, recebi por email a bela mensagem, 

que esteve na gaveta do gmail esses treze anos. 

Vale para mim e para os colegas de profissão. 

O texto foi escrito pela Angélica, querida e aplicada aluna,

e monitora à época. 

Ao publicar essas linhas, agradeço novamente

a autora e oradora da turma. 

Atenciosamente,

Prof. Bento Itamar Borges - 15.10.2022


HOMENAGEM AOS MESTRES

 

Mestre, O que é que você ensina?

Experimente se fazer essa pergunta antes de entrar numa sala de aula!

E lembre-se disso quando o trabalho parecer não render, 

quando desanimar perante os deveres diários, 

quando as tarefas se avolumarem e as recompensas

forem tão irrisórias...

Temos que atentar para o fato de que

seu trabalho continua e continuará mais do que nunca, 

sendo muito importante. E, apesar das dificuldades,

uma verdade permanece inquestionável: 

você”, mestre, não só ensina, mas tem poder suficiente 

para ampliar muitas mentes, renovar esperanças 

e perspectivas em busca de uma vida melhor.

Através das janelas intelectuais escancaradas em suas aulas podem emergir valores inesgotáveis bem como a força em busca da concretização de inúmeros sonhos. Desde um futuro escritor, um filósofo, um professor, talvez um médico, um

brilhante cientista ou, simplesmente um ser humano melhor...

Cada aula preenchida com entusiasmo, bom humor

e conhecimento é um momento que nunca mais se repetirá, 

porque foi um instante único, um momento importante

e um tempo muito especial que em cada um de nós

será inalterado pelo tempo...

Neste sentido, gostaríamos de não só homenageá-los,

sobretudo, agradecer-lhes pelas contribuições fundamentais 

que nos proporcionaram no decorrer desses anos 

de muita dedicação e ensino para cada um de nós.

Assim, gostaríamos de deixar nossos sinceros agradecimentos:

Por acreditar em cada um de nós, 

quando, por vezes, achávamos difícil acreditar em nós mesmos. 

Pelo incentivo ao dizerem, que realmente

conseguiríamos vencer e que só nos faltava um pouco de perseverança!

Obrigado por terem dispensado tanta sabedoria, carinho, dedicação e

imaginação em nossas aulas. Reviver nossas esperanças e retirar sorrisos de nossos rostos, mesmo quando estávamos cansados

ou um pouco desanimados seja

pelo trabalho executado no decorrer do dia 

ou por outro motivo qualquer.

Enfim, Agradecemos por compartilhar conosco tantas coisas

e por deixarem importantes lembranças em cada coração.

 Afinal, graças à contribuição de cada um de vocês

 no decorrer de todo esse tempo

 é que hoje estamos aqui realizando mais

um importante sonho de nossas vidas!

A vocês nossos queridos mestres, nosso muito obrigado!


(Homenagem prestada por Angélica Silva Costa)


terça-feira, 23 de julho de 2019

Mensagem de alunos e alunas a um professor, 21 anos depois

"Enquanto nas ruas transitam 
pessoas apressadas,
inseguras e agitadas, 
no aconchego da escola
você semeia dia a dia
o saber que traz implícitos
o amor,
a solidariedade, 
a fé, 
a esperança 
e a paz. 

Está na escola
o poder de tornar 
mais humana a humanidade
e é você que faz
caminhar, criar,
recriar,
sonhar, 
fazer e...
vencer!"

Parabéns! 
(os alunos e alunas de Artes e Música, em 22/10/1998)

-----------------------
 Meus caros e minhas queridas,
é de arrepiar... 

Enquanto eu separava livros hoje, para doar, abandonar (como dói ver reduzida minha oficina!), eis que encontrei esse texto anotado na página de rosto de um dos livros que sempre adotei para apresentar o método científico: Filosofia da ciência natural, de Carl Hempel

Eu havia copiado do quadro a mensagem feita a giz, na sala de aula. Foi uma semana depois do dia do professor, mas já dura vinte e um anos depois e me comove. E vou salvar o livro do Hempel. Parece natural, não...?

E alguns ainda perguntam se eu sinto falta da sala de aula. 

Sim, sim... 
E ainda acredito em todos esses valores que a escola costumava promover. 

Agradeço de novo àquela turma e divulgo aqui para todos que visitem este blog (que continua vivo em alguma nuvem).

Abraços

Professor Bento Itamar Borges

 (aposentado mas cheio das boas lembranças)

domingo, 30 de dezembro de 2018

UMA FANTASIA DE NATAL


 “Leva eu!”

Era uma vez um bom velhinho...
- Ah! Já sei. O Papai Noel!
...chamado Sr. Luís. A barba dele foi crescendo e ficando branca. Ele era um homem bom, ajudou muita gente. Fez bem para os trabalhadores e também para os donos da indústria e os fazendeiros.
- E cadê ele, tio?
Ele está agora numa torre alta. Não pode sair da lá. Vai passar o Natal lá em cima, sozinho.
- Então ele está preso?
Ele ajudou tanta gente, criou empregos, construiu escolas, trouxe médicos para atender os pobres. Mas nem todo mundo gostava dele. E agora está preso, é isso. E hoje está triste.
- E o que vai acontecer com ele? Até que dia ele vai...
Ô, menino! Sossega. Me deixa contar a história, oxente! Põe sentido, pois está acontecendo agorinha mesmo.

Cena 1: O velho na torre alta
Olha o Sr. Luís ali, no alto da torre. Dois guardas vieram junto com ele, pra vigiar. Querem ver os fogos de artifícios, as luzes das árvores de Natal. O Sr. Luís pode fumar um cigarro, de repente, se distrair um pouco.
O velho está na laje, no ponto onde o helicóptero desceu trazendo ele numa noite fria de abril, neste ano chato. Um guarda diz pra ele ir mais para o fundo do terraço, com cuidado, pois a iluminação foi desligada.
E ele não pode vir até o parapeito acenar para seus amigos e amigas lá na rua. Centenas deles e delas estão acampados lá embaixo. Acendem fogueiras, cantam e tocam violão. Toda noite dão boa noite ao Sr. Luís. E todo dia amanhecem com a esperança de vê-lo saindo livre, de volta para sua casa, sua família.
O outro guarda atende o telefone, chama o colega e descem as escadas.
- Nós vamos lá na sala da chefia para revelar amigo invisível. Fica quietinho aí, hein Seu Luís...(kk)
- Não vai sair voando por aí, brincou o outro. Não vai tomar Red Bull, viu? (kk-k)
Ora, pensa o velho, eu não tomo esse negócio. Queria mesmo era uma cerveja gelada, um litrão, pra repartir com meus companheiros. Que Natal sem graça, minha gente... Que cidade feia.

Cena 2: Chega uma carroça
Mas que zoeira é essa? Outro helicóptero? Não, não era. Não tem hélices e nem luzes. Só barulho de sinos e estalos de chicotes. E agora um tropel na laje. Bichos grandes puxando uma carroça estranha.
- Ô, barbudo! O que faz por aqui? Não devia estar curtindo sua aposentadoria com os netos?
Era o Papai Noel, puxando as rédeas e falando shiu! shiu! para acalmar as renas, que arrastavam os cascos e fungavam feito pôneis de carrossel.
O Sr. Luís sarou do susto e se põe a conversar com o outro velho, de barbas mais longas e mais brancas que as suas. E com uma pança bem maior, é claro. Pois o rango ali da torre não é nenhuma ceia, meus amigos. Marmitex enjoativa, sem tempero, sem farinha.
Mas nós estamos encabulados. Ali não há crianças que possam receber presentes. E velhos não ganham nada. Só meia social e revista de palavras cruzadas. Ah!... Nosso velho só queria ganhar um presente, um só. E nem precisavam embrulhar, enrolar, inventar.
De repente, o Sr. Noel já não dava muito papo e olhava em volta, meio ansioso. E aí cochichou alguma coisa e se afastou para perto da escada:
-Lá vem o japonês. E parece que trouxe minha encomenda...
De fato, o japonês vinha com várias caixas grandes Não pareciam pesadas. Entregou ao gorducho, que ia ajeitando tudo na garupa da carroça. E aí se puseram a negociar, falando de preços, cotação, moedas. Na hora de contar o dinheiro, os dois se afastaram e deram as costas ao Sr. Luís.

Cena 3: A boiada estourou
O Sr. Luís é um cabra curioso e quer entender essa carroça sem rodas que se arrasta pelo céu. Pisa no estribo, sobe e vai procurar onde é o freio, se tem buzina. Trabalho bem feito por ferreiros e carpinteiros, admira ele. E se imagina na linha de produção, em sua função de metalúrgico. Alguém tinha que tornear pinos e parafusos... Será ferro ou cobre?
De repente, luzes, bombas, rojões! Deu meia-noite: é Natal. As renas se assustam com o foguetório e partem em disparada para cima, para o céu, rumo ao norte.
O condutor oficial se volta e corre a balançar sua pança. Grita palavras esquisitas que só as renas entenderiam, mas não adianta. Já vão longe. Aí ele xinga outras coisas incompreensíveis, tipo Scheisse e “Dona Véta”. Vai ficando pequeninho lá no terraço da horrível torre.
Nisso, os dois guardas voltam pelas escadas, com seus fuzis. Suas armaduras pretas de ninja e suas lembrancinhas do amigo secreto. E tagarelam, sem noção.
- Olha a porcaria que eu ganhei, parceiro... O que é que eu vou fazer com um livro, pô?
- Eu também, cara. Dei um DVD do Rambo e ganhei um dicionário. Pra que serve isso?!
De repente, cai a ficha. Eles deixaram um elemento e agora estão vendo dois. Será que beberam em serviço?
- Cara, peraí...
- Ô, japonês! Mas você não devia estar de folga lá em Foz?
- E você aí, Sr. Luís? Que fantasia é essa, meu velho?
Resultado: o japonês explica que esse velho é outro, o famoso Noel. E que, na verdade, japonês está ali a serviço, para dar um flagrante. Vai enquadrar o Sr. Noel, vulgo “Papai” (e até mesmo “Santa”) pelos seguintes delitos: entrou no país sem passaporte, importou animais exóticos sem alvará da vigilância sanitária (ou da defesa agropecuária, a conferir), trafegava com veículo fora de série e sem a nova placa do Mercosul, etc. Complicou para o idoso, dizem.
O japonês vai se safando, não sei até quando. Mas não se preocupem, meus caros e minhas queridas, pois o bom velhinho dos presentes vai escapar de boa. Sem o trenó e sem as renas, não há crime. E ele saberá enrolar os guardas com um papo sobre o acordo de Schengen e o tratado de Frederico Westphalen... Onde fica? Quem? Não demora muito e Noël já está fazendo um bico no shopping de outra capital, no Rio Grande do Norte.

Cena 4: O moleque Severino
O Sr. Luís toma as rédeas e aperta a buzina, mas nada. As renas aceleram ainda mais e sobem, sobem. Aí ele se lembra de sua infância no agreste e arrisca um abôio: ô-eô... ô-eô... Perda de tempo, pois rena não é vaca e muito menos boi.
É, meu chapa. Deu bode. E que bode! O jeito é se segurar e não olhar para baixo, pensa seu Luís, quando leva mais outro susto. Do meio dos embrulhos de presentes, surge um vulto, uma criatura, que se espreguiça e reclama:
- Tem que acender os lampiões, tio! Logo vi que não era meu patrão...
- Patrão o cacete. Mas quem é esse pirralho escondido na carroça?
- Sou o ajudante do Santa Klaus. E isso não é carroça; é trenó...
- Eu sei, já vi. E tinha que vir escondido?
- É que sou “dimenó”, não posso trabalhar pelo mundo afora. Mas eu te juro, velho, eu preciso. Minha família mora longe e lá faz um frio do cão...
E dizia isso enquanto amarrava a carga e acendia os lampiões. São importantes para a navegação e as entregas, tudo bem anotado num bloco de papel, ricamente encadernado. Aí pediu licença, tomou as rédeas, segurou o chicote e assumiu o posto de condutor. Era o colorido veículo de Papai Noel, que a criançada espera todo ano.
Seu Luís explicou ao rapazinho o que havia acontecido no terraço, até onde entendeu. Tudo muito rápido. Mas deixou claro que não era uma boa ideia voltar para lá. A barra ia pesar para todo mundo, com ou sem motivo. E o moleque, menor de idade, poderia ser encaminhado para uma daquelas instituições de...
- O quê? Res-so-ci-ali-zação? Tá brincando, velho... Eu vou é me mandar. Depois alguém vem buscar o Sr. Noel...   O “Rei da Suécia” envia um avião Grippen, de repente (kkk)...

Cena 5: Dona Ivana mudou-se
Poucos minutos depois, aparecem luzes de uma cidade grande. O moleque puxa a rédea, as renas dobram o pescoço e o trenó se inclina para descer. Aí Seu Luís grita:
- Mas eu conheço essa cidade! E olha lá... Eu morei naquele palácio ali.
- Ô, meu tio... Conta outra, pois você não tem cara de rei.
- Sim, morei ali oito anos. E o que você veio fazer aqui? Deixar um presente para aquele...?
- Deixa ver a lista. É para “aquela”, é ela, uma senhora. Dona Ivana escreveu uma cartinha pro meu chefe.
- E pediu o quê?
- Pediu sossego. E eu vou jogar uma caixinha de bom parecer pela chaminé real...
- Não é real; é presidencial. Deixa pra lá. Tanto faz, pois Dona Ivana não mora mais aí.
- Mora, sim. Consta aqui no meu aplicativo que ela mora aí até o fim deste ano... Mais uma semana.
- Vai por mim, garoto. Não deixa presente nenhum aí... Ou deixa comigo que eu entrego e... Epa! Que foi isso?
As renas nem chegaram a pisar o calçadão ao lado do palácio. O trenó deu um tranco com a brusca arrancada. Subiram de novo para o lado do nascente, bem de frente a enorme lua cheia que iluminava a noite do nascimento da esperança e da justiça.
- O que foi isso? Repetiu Seu Luís.
- Calma, velho. Já passou. Acontece que esses belos animais são de boa, vieram em paz. E detestam armas e gente feia...
- Armas? Como assim? Eu não trago nem um canivete...
- Lá embaixo, não viu? O gramado está cheio de canhões e pittbulls... Tem trabuco até na porta daquela igreja moderninha... Vam’bora...

Cena 6: Natal, Natal das crianças
As renas não são nada bestas. Vão sobrevoando o país e evitam cruzar o mar. Se for preciso, descem para comer grama, beber água. E, depois, lá por cima do Canadá, pousam na neve só para descansar. E por falar em neve, avisa o ajudante de Papai Noel, o plano de voo incluía Groenlândia, Islândia e outras terras frias.
- Ô, velho!
- Para de me chamar de velho, ô pirralho! Meu nome é Luís.
- E o meu é Severi. Muito prazer.
- Severino? Oxente...
- Severi... Podes crer. Ok, então. Veste essa roupa aí, na mochila do Papai Noel. É o traje oficial para entregar presentes e para aguentar o frio que nos espera.
O velho Sr. Luís se diverte ao vestir aquela roupa, um pouco larga. Ele gosta da cor, vermelha.  E agora já ri dessa história toda, tão de repente, que vai tomando um rumo inesperado mas agradável. Grandes possibilidades.
Tão entretido estava a calçar botas e vestir luvas, que nem viu o trenó baixar numa cidade nordestina. O ajudante disse que ficava vigiando os animais, enquanto ele, Sr. Luís entrava naquela igreja. As renas são mansas, mas a molecada não pode cutucar na virilha. Levam coices.
Lá vem o gordo com a enorme sacola de presentes. Vem até torto, sob o peso. Os meninos e as meninas voltaram a sorrir, depois de um grande drama. Um ladrão havia entrado na igreja na semana anterior. O idiota roubou todos os brinquedos, roupas e livros doados pelas boas almas daquela cidade. Que crueldade!
Mas, de novo, as crianças puderam sorrir e acreditar no Natal e na bondade das pessoas. Sr. Luís Noel não demorou muito, pois tinha que seguir para longe, muito longe. Ia saindo da igreja, em direção ao trenó, quando uma senhora, que ajuda na Pastoral da Criança, reparou:
- Esse velho nos trajes de Papai Noel parece muito com um conterrâneo meu... É a cara dele.
O ajudante ouviu aquilo e perguntou onde era a cidade do Sr. Luís. E se ele queria dar uma passadinha por lá. Não estava muito fora da rota e resolveram sobrevoar Pernambuco. Só um relance, uma despedida, pois não era hora de descer lá. Bom mesmo é na festa de São João. E essa data pode esperar.

Cena 7: Chá de sumiço
O ajudante de Papai Noel guiava as renas enquanto mantinha um olho no caderninho. Sua planilha não estava completa. Talvez tivesse que pedir ajuda a anjos, fadas e Padim Ciço. De repente, leu um nome: Batista? –
E o endereço era longe, muito longe dali: Cananéia. Que presente esse sujeito tinha pedido? Um chá muito especial, responde o ajudante. Isso é pra lá da Juréia.
- Ô, Severino, agora eu é que tenho pressa. Toca adiante essa carroça pois não sei se vou aguentar esse frio todo. Deixe eu amarrar esse gorro e acelera esses bodes aí...
- Mas e a entrega, velho? Temos um nome a zelar aqui na firma. Logística, sabe? Não viu o filme do Tom Hanks? Aquela bola pra entregar...
- Vai por mim. Esse camarada aí já tomou um chá de sumiço. E é outro cara que espera um presente muito especial, que dispensa embrulho de papel. Vamos vazar...

Saindo de Cena: Agrados e planos
A lua cheia agora reflete sua luz sobre amplas camadas de neve. As renas reconhecem o caminho e vão sem precisar de rédea nem chicote. É o gostoso caminho de volta. Voam mais rápido ainda, felizes também com a liberdade que espera por elas: no pasto, soltinhas da silva.
A Groenlândia não é verde como o nome indica. E o Polo Norte vai ficando um pouco à esquerda. Fiordes, florestas de pinheiros, tundras e taigas... E neve, sempre neve, branca e pura.
Seu Luís aproveitou para perguntar o que havia nos pacotes. Estava curioso.
- Ah! Os pacotes do japonês? Cigarros. São cigarros...
- ...do Paraguai?
- Sim, meu chapa. Estamos levando pacotes de cigarros da indústria paraguaia. Mas fica frio, pois tenho nota e tudo. É pra ajudar a indústria de lá, pois um pais não sobrevive só com venda de bugigangas, sabe?
- E quem vai fumar tudo isso, Severi?
- Os duendes?
- Os doentes?
- Não, os du-endes (deve ser o gorro nas orelhas), são os carinhas que trabalham na fábrica de brinquedos do Papai Noel.
- E a saúde deles?
- Ah! Eles aguentam... Não viu o caipora que fumou pólvora no cano da espingarda?
- Marvada carne. Belo filme.
- Sabe o que é, Seu Luís? O trabalho desses duendes não é brinquedo... Se me permite. E o pior é que cogumelo não dá o ano inteiro. Só no outono e em certas florestas antigas.
- Eles bebem chá desse troço? Mas não tem uma comissão de fábrica, plano de saúde?...
- Sim, bebem e aí ficam muito doidos. A fábrica até concede uns dias de férias pra moçada...  Mas no resto do ano, é um cigarrinho básico, na pausa do trabalho. Sabe como é.
- Sei. Quer dizer, me lembro. Tá, deixa pra lá. E eu queria era tirar a friagem com uma dose de conhaque.
- Pode ser daquele conhaque barato, marca “Presidente”? (kkk)
- Boa essa, gostei... Muito pândego o guri...
- Ah!  Moleque... É nóis na Lapônia!
- Polônia? Tive um amigo lá, o Lech...
- Não, Polônia, não. Tá muito longe. Isso aqui é o norte da Finlândia, seu Luís.  
- Finn...lândia. Saquei: terra do fim do mundo.
- Mais ou menos isso. Lugar bom pra sair de fininho...
*******

FINN
 (aplausos)
(Cara, peraí. Temos trilha sonora para os letreiros: “Oi, leva eu, eu também quero ir. Quando chego na ladeira, tenho medo de cair... Leva eu...”)
Digitado por J. T. S. em 25.XII.18




quinta-feira, 19 de outubro de 2017

TUDO COMEÇA NA ESCOLA



Como tornar ainda melhores as melhores escolas do mundo?

Todos admiram o padrão de vida nos países nórdicos.

É bom ver de perto. E aprender algumas lições.

Uma delas: um país tão desenvolvido como a Noruega tem, sim, diversos partidos
de esquerda e de trabalhadores.

Um deles, o Venstre, que significa simplesmente "esquerda" distribuiu esse folheto.

E isso é ideologia, da boa: a importância da escola.

Um dos pontos do programa: "Deixem que os professores sejam professores. A esquerda quer que os professores possam empregar mais tempo com cada aluno e menos tempo para a burocracia!"

Lembra uma campanha na Alemanha, em 1993: Mais tempo para as crianças! (Mehr zeit für Kinder)

Vejam só! Temos companhia. Em país com bons indicadores sociais, a luta não termina nunca. Nossa esquerda tem que falar de escola. Nossa escola tem que falar de política. As pessoas tem que ser o centro - o centro do futuro.

Um abraço a meus ex-alunos e minhas ex-alunas logo depois do dia do professor, inclusive a uma que se lembrou de enviar-me um alô. Valeu.


 


Prof. Bento Itamar Borges



Em Oslo, cada partido tinha uma banquinha de igual tamanho
na praça central, em agosto passado
(O povo em primeiro lugar)



E outra banquinha de partido em campanha:
cor vermelha, com uma estrela, lá também.
Na Noruega de verdade.

++++++++++++++




 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

RELATÓRIO DE UM LONGO ESTÁGIO

O Professor Borges quer manter este blog - e não apenas na nuvem.

Com certo atraso, esse servidor público federal envia um relatório para prestar contas sobre essa misteriosa e boa preguiça. Pois muitos se perguntam: "como pode um aposentado aguentar sem fazer nada?"

Nosso professor aposentado e blogueiro renitente também se pergunta e se responde: "nada" não é bem essa coisa toda do dito "inativo"-- que xingamento burocrático!
Versão provisória, sem comentários, nem análise. Só as tabelas.
Versão parcial, que apresenta tão somente as leituras realizadas desde 2012 - o que não é pouco.

I - Livros lidos e curtidos, no último ano de docência do Prof. Dr. Borges:


Not only books
2012

- Contos instantâneos (Dr. Jorge Seventh Art)

- Estrela distante (Bolaño, chileno)

- Zazie no metrô (Raymond Queneau)

- A visão de Deus (Nicolau de ´Cusa)

-         Thomas Müntzer, teólogo da revolução (Ernst Bloch)

-         Como escrever (excertos dos Parerga e paralipomena) Schopenhauer

-         Quem matou Palomino Molero? (Vargas Llosa)

-         Relato de um certo oriente (Milton Hatoum)

-  A morte de Artemio Cruz, de Carlos Fuentes (lentamente, em español, genial – tipo que arrasou com o gênero romance pesado e criador)

 - Por parte de pai (Bartolomeu C. Queirós, lido no Caraça e em fotos)

-         Causos de Minas, de Olavo Romano
 
II - Livros realmente lidos no período do

dolce far niente, que pode se prolongar hasta perder de la vista:
 
2013
 
Outras ferramentas
 
-Tom Jones, vol. 1(chato, prolixo, afetado: larguei mão)
- Vale tudo, biografia do Tim Maia, by Nelson Mota
-Mulheres na guerra do Paraguai, de Hilda Agnes Hubner Flores
-Diálogos com Jorge L. Borges (filosofia)
 
2014
 
 
Seixos rolados
 
Viagem à Palestina (Bei Dao, Breyten Breytenbach e outros)
Meu Manifesto pela Terra (Mikhail Gorbatchev)
Circo dos cavaloes, Lourenço Diaféria, cronicas
Os ratos, de Dyonelio Machado (1935, Poa)
Trechos de: Pascal, Duns Scotto, Guilherme de Ockham
Poemas de Gabriela Mistral
O gracejo da graça, Kierkegaard, Edna Hong
Versôes 2, poemas do TAL
A man of reason, (Thomas Paine)
A morte de Ivan Illitch, Tolstoi
2015
Outros byproducts (ganz Frisch)
 
Confissões, Agostinho africano, filho de Mônica
A correspondência de Rimbaud (incl. Para Verlaine)
Dentro da noite veloz, Poemas de um Ferreira Gullar comunista, antes de 75 – (li mil  vezes o  poema “pôster”, de 1970)
Vermelho amargo, (Bartolomeu Campos de Queirós)
Hamsun no Brasil (Karl Erik Schollhammer, org)
La primera volta ao mundo (Elcano, Pigafetta e outros)
Um certo Lucas ( Cortázar)
Pessoas que passam pelos sonhos (Cadão Volpato – Tortoni, Bs Aires)
 Consolação a minha mãe Hélvia ( de Sêneca)
A vida é sonho (Calderón de la Barca)
Histórias abensonhadas (Mia Couto)
Varanda do Frangipani (Mia Couto)
Elegias de Duino (Rainer Maria Rilke)
Historias del Buen Dios (Rainer Maria  Rilke)
Pobreza e politica: os pobres urbanos do Brasil, 1870-1920 (June E. Hahner)
Olhos de cão azul (Gabo Marquez)
O Misterio na Estrada de Cintra (Eça e Ortigão)
Luz quartiada (de uma gringa da Chapada dos Veadeiros)
2016 (ongoing)
Lo siento, pero... fue casi un fairplay
 
Mariategui y su tempo (Armando Bazan)
Violência e trabalho no Brasil (MNDH, UFG)
Não somos feitos de arame rígido, de E. Tugendhat
O ministério do silêncio (hist. Do Sni), de C. Figueireo
Historia universal da infâmia (JL Borges, trad de José Bento)
The pearl (John Steinbeck)
Cinco lições sobre psicanálise (Freud)
O futuro de uma ilusão (Freud)
O malestar da civilização (Freud)
A poética do espaço (Bachelard)
Die wunderbare Jahren (Reiner Kunze) * lido e traduzido a lápis, in loco
Pensamentos (Pascal)
+++++++++++++++++++++++
 
"O que você está lendo?"
 
Durante muitos anos, sobretudo quando o professor lecionava métodos e técnicas de pesquisa, ele torcia para atender um telefonema do IBOPE, com a pergunta: "Que rádio você está ouvindo agora?" E de fato um dia aconteceu. Foi meio sem graça, pois não lhe foi possível espichar conversa. Todavia, confirmou sua confiança na abordagem das surveys (encuestas).
 
Pois bem, encerrando este adendo, por minha conta, pode-se acrescentar que esse leitor ultimamente onívoro também gostaria que a Folha de São Paulo no tempo do suplemento Folhetim lhe fizesse aquela pergunta sonhada por intelectuais uspeanos et caterva: "que livro você está lendo?"
 
Na falta da pergunta vinda de um jornalista de culturetes, esse docente folga em dizer que... Sim como é mesmo? Sim, ele está lendo agorinha mesmo o quente lançamento da editora Boitempo "Por que gritamos golpe?"
 
(A compra do livro teve um gostinho de revanche silenciosa. Em visita à capital paulista, o autor do presente relatório entrou na livraria Cultura, depois de ler no chão molhado do vão do MASP diversos "Fora Temer", e viu mil coisa compráveis e legíveis. Outras nem tanto. A banca até que estava equilibrada: para cada três livros com a cara do "Sergio Moura", três ou quatro coletâneas das esquerdas. Essa da Boitempo é uma das boas fontes para entendermos o golpe de 16. )
 
Com saudações de "um aposentado que não tem mais o que fazer" - salvo pela definição.
 

Espumas flutuantes do largo mar oceano
(travessia)
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O INTERESSE DE PROFESSORAS E PROFESSORES: nossa homenagem à categoria dos que levam o conhecimento a sério



O estagiário João traz mais uma contribuição para este blog, pois, afinal precisa mostrar serviço e garantir sua bolsa de estudante profissional...

O professor Bento Borges foi um militante do movimento docente desde que começou a trabalhar na UFU, sobretudo. Sua ação foi mais intensa no coletivo no período em que participou de duas gestões na diretoria de sua seção sindical, a Adufu, parte do Andes-Sindicato Nacional. De 2003 a 2007, sobretudo, encarou algumas disputas acadêmicas e outras brigas feias, como esta: contra a onda do EaD, ensino à distância.

Além de debates em congressos e assembleias, o professor usou de seu recurso predileto, as charges. A maneira como o governo, com apoio do Banco do Brasil, por exemplo, incentivou a Universidade Aberta do Brasil, foi criticada, com bom humor também.

Marcando posição: o professor Borges via situações em que essa modalidade era (e é) adequada e funcional, inclusive para treinamento e atualização de professores que moram em lugares retirados dos centros universitários (isso se tornou mais claro quando ele viajou para o Jalapão, em 2010.)

Agora, vejam essa notícia, na revista Super Interessante, edição 350, de agosto de 2015, página 16:



"O FRACASSO E A REDENÇÃO DOS CURSOS ONLINE"

Quando surgiram os MOOCs (cursos online gratuitos, para as massas...), a esperança geral era de dariam acesso irrestrito à educação - incluindo para comunidades remotas nas regiões mais pobres do mundo. Mas logo se observou que os usuários só costumam completar 4% do curso em que se matriculam. Uma nova pesquisa, no entanto, mostra o perfil das pouquíssimas pessoas que assistem o curso até o final: são professores. De acordo com a pesquisa (*), a maior parte dos que se formam nos MOOCs tem um diploma universitário e dá aulas. Assim, funciona como aperfeiçoamento profissional. (Patrícia Bellini)

*fonte da pesquisa: HarvardX e MITx: two years of open online courses fall 2012-summer 2014, de Andrew Dean Ho.

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A charge no alto da página foi criada e desenvolvida pelo professor Bento Borges, em 2006, publicada em jornal da ADUFU (e agora na net, de graça, com o crédito do autor).

Assinado: João

terça-feira, 5 de julho de 2016

NOVA DIETA: TRÊS ANOS SEM PÓ DE GIZ

Caros leitores deste blog do PIPE,

sou um bolsista-estagiário e caberá a mim alimentar este blog de nosso ex-professor, que deve estar viajando longe ou pescando numa roça de Tupaciguara.

Três anos depois de sua aposentadoria,
convém postar aqui um perfil dele, muito bem feito, diga-se.

O homenageado gostou, concordou, emocionou-se (sem chorar em público, todavia).

A autora - ou representante legal da turma -, a aluna citada nos créditos, não sabe que o texto está sendo reproduzido aqui. Se ela, por acaso, discordar da publicação disso que já foi lido em público, basta-lhe preencher um longo formulário, pegar uns carimbos e assinaturas, etc. e tal.

Assinado: João (por enquanto, sem sobrenome)

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Saudação de homenagem ao Prof. Dr. Bento Itamar Borges,
Professor homenageado pela turma de formandos
em Filosofia da UFU
(março de 2008)

Gravura de Rembrandt
(vamos procurar a versão sem cor, com detalhes diferentes desta)
 

            A nossa homenagem deveria ser bem humorada. Deveria ser capaz de tratar do nosso homenageado com um humor inteligente, sutil, daqueles de pessoas que, como ele, conseguem ser geniais em cada conversa despretensiosa. O professor Bento é o “boa praça” da filosofia mundial. Temos dúvidas se encontraríamos na história da filosofia alguém tão engraçado. Preferimos, então, ser espertos na redação da nossa homenagem e não arriscar nenhuma piada, porque o homenageado certamente pensaria: eu faria melhor.

            Apesar de todo o seu talento humorístico, ele nos ensinou que filosofia é coisa séria e que, entretanto, pode ser tratada de modo bem humorado. Ele nos ensinou piadas filosóficas, nos mostrou que frases despretensiosas podem ter conteúdo filosófico e que histórias das nossas vidas podem ser tratadas com filosofia. Ele nos atentou que o mundo está cheio de filosofia, para o olhar dos filósofos.

            Mas não apenas olhar. O mundo não é só para olhar, mas para transformar. Não foi Marx quem nos ensinou isso de fato. Foi o professor Bento. É ele que nós víamos compondo a mesa da ADUFU, ele que nos convidava para ir a Brasília fazer um protesto. Foi dele que ouvimos, dentro do curso de filosofia, pela primeira vez a palavra “capital”. Ele personifica uma esquerda inteligente, de pensamento profundo, com o acúmulo de uma sabedoria pessoal que nos parece inatingível. Como o professor Bento é capaz de falar com tanta tranqüilidade de Nick Cave and The Bad Seeds, de Beatles, de cinema, de Descartes, de filosofia da ciência a partir de um joguinho que ele inventou, de teorias biológicas da TPM, tudo isso em forma de histórias e piadas, sem perder o fio da meada, de modo seguro e perfeitamente correto e ainda por cima por meio de uma charge em alemão? Ele fala de filosofia com o conforto de quem fala da própria infância. 

            Quando entramos na faculdade, pensávamos: talvez quando chegarmos a ser pós-doutores poderemos arriscar alguma coisa que se aproxime das sagacidades do professor Bento.          Claro que hoje sabemos que sua perspicácia é rara, e nem todos nós somos capazes de ter sua visão tão filosófica (e bem humorada) do mundo que nos cerca. Talvez o filósofo brasileiro deva ser como o professor Bento, inteligente, consciente dos problemas do país, mas sem perder o bom humor. Talvez nosso homenageado diria que os filósofos não devem ser cópias mal acabadas do europeu chato, porque acabam copiando apenas a chatice. De nossa parte, já seria uma conquista se conseguíssemos, depois de anos de estudo e esforço, bater um papo em que pudéssemos ter algo a lhe dizer. O professor Bento é o que queremos ser quando crescermos.     

 

(Oradora: Solange Barbalho Mesquita)

 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

DEU NO D.O.U.

Deu no D.O.U.: o professor se aposentou!


D.O.U.
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Edição do dia 1º de julho de 2013

Ou seja, agora é oficial: o animador deste blog parou de lecionar na UFU

E antes que alguém pense "ah! esse blog era só uma atividade acadêmica...",
reaparecemos (o blog e eu).

Não, não. Nunca fiz post para pontuar no Lattes. Não perdi; gastei um bom tempo aqui na net, pelo prazer da coisa - for the sake of it.


Só isso, de momento. Preciso treinar pra ficar à toa. Pois não é fácil parar de trabalhar.


Em tempo: conforme combinado, meus caros (ex) alunos e minhas queridas (ex) alunas, minha vaga está lá na UFU. Passo a bola pra vocês (mas não pendurei as chuteiras).

See you later, aligators.


Vamos falar sobre isso, em breve:

VENCI.

****

(E mais: ex cathedra)




segunda-feira, 29 de abril de 2013

COM CHAVE DE OURO

Caros visitantes e colegas,

este blog, nascido para a disciplina PIPE, do curso de filosofia da UFU, veio a ser o veículo oficial da disciplina oferecida à graduação em Pedagogia, da mesma universidade, neste 2012 acadêmico. Depois de um primeiro semestre muito rico de conteúdo, debates e amizade, assumiu a turma meu prezado aluno Uilson. Eu fiquei triste por deixar a turma, porém feliz por ver o progresso desse jovem: encarou de boa essa tarefa, aceitou uma sugestão de novo conteúdo e, além disso, tornou-se mestre durante esses últimos meses. Então, passou de Sr. Uilson a Professor Uilson e, agora, com orgulho dele e nosso: Professor Mestre Uilson...

E sempre notei que as alunas da turma gostam do curso e do trabalho na escola, que muitas já executam. É gratificante ensinar para quem quer aprender e já atua na grande área, na pequena área, no escanteio.  Só bons resultados: gols de letra e de placa.

Falar nisso, as alunas me emocionaram com uma homenagem, em placa e em discurso. Lamentei os desencontros de fim de semestre e não estive quando e onde devia. Mas no dia seguinte, quando eu estava naquela peleja final de vista de notas com duas turmas da filô, uma comissão mui distinta veio agraciar-me com essas palavras bonitas e tão oportunas. Sim, dia 17 foi meu último dia de professor regular na UFU. Férias. Aposentadoria e... (não sei ainda).

Por enquanto, agradeço a homenagem a todas as alunas e a cada uma. E também ao Prof. Uilson, que cuidou muito bem da partida, no segundo tempo.
Muito obrigado!
Abraços a todas e a um.

Prof. Bento I Borges,
emocionado com os elogios e já-sempre com saudades da turma e da sala de aula.


Comissão de alunas (Consuelo e Irisléa)
no momento em que o professor
recebeu o texto da gentil homenagem

(E vai virando história)



MENSAGEM AO NOSSO MESTRE PROFESSOR BENTO ITAMAR

Bento, Professor que passamos a conhecer e admirar... Esta mensagem é para você...
Para escrever estas linhas, poderíamos reproduzir uma poesia, escrita pelos grandes poetas, como Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes, mas não, preferimos escrever palavras que formem frases para expressar o sentimento que está em nossos corações;
Poderíamos utilizar fragmentos das escritas dos grandes filósofos, como Descartes, Sócrates, Platão... Mas não, preferimos escrever  o que pensamos, pensamentos que foram construídos nas nossas aulas...
Uma história que nasceu nos primeiros dias de 2012, quando iniciamos o terceiro ano da Pedagogia... ah! Não conseguiremos esquecer aquela manhã em que esse notável professor nos agraciou com sua chegada. Foi um momento de grande expectativa e ansiedade e que nos surpreendeu durante o primeiro semestre... Mas, como tudo que é bom dura pouco, justamente no auge da nossa convivências, eis que nosso admirável professor nos surpreende mais uma vez saída inesperada. Mas essa história não concluída foi vivida intensamente, não é sábio professor?
Mas tudo bem, essas 34 mulheres que compõe a turma 67º da Pedagogia Diurno, te considera e te admira respeitosamente, e não nos esquecemos da sua promessa, esse é o momento: “Para brindar a nossa história estamos aguardando aquela prosa acompanhada de um bom vinho”!
(Ah! Pode postar essas palavras em nosso Blog)
Uberlândia, 17 de abril de 2013

Não há de faltar uva nem ocasião para vinho: saúde!