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sábado, 19 de maio de 2012

ANEDOTA ALFABETIZANTE

Caras alunas da Pedagogia e caros leitores do Planeta, com W de World, in WWW!


abcdefghijklmnopqrstuvwxyz



Enquanto aguardo um resumo e umas fotos para montar uma reportagem sobre a exposição feita ontem em sala de aula, vem aí uma anedota.


E esse causo que conto foi trazido à memória deste professor por um grande cartaz que as alunas manuseavam em sala de aula. De longe, via-se que era material didático, encarte de cartilha escolar, bem colorido. Mais perto: vi as letras e sílabas do alfa-beta-kappa... Sim, era a evolução da velha cantilena dos ba-be-bi-bo-bu e dos ca-qué-qui-co-...etc.


 Senta, que lá vem história!

"Foi por volta de 1997. Fui passear na vizinha cidade de Bom Sucesso. Levei minha mãe para visitar uma prima. Dois ou três netos dela faziam algazarra: um magrinho, de óculos, com cara de nerd. O outro, da mesma idade, mas bem crescido e forte (pra não dizer "gordinho", pois vai que esse negócio de bullying já chegou lá na terrinha...). A avó quis acabar com a farra, para que as visitas pudessem prosear de boa e comer broa com café da roça. E despachou logo o maiorzinho, com aquele papo de que ele tinha que fazer as tarefas da escola, que estava atrasado e... Mas nisso, o rapazinho me saiu com esse ótimo argumento em sua defesa (o que implicava em atacar o nerd): "Mas, vó! Ele é que precisa estudar, ele é que está atrasado... " Diante da cara de desentendida da avó, ele completou: "Mas, vó! eu já estou no sapo!.. e ele agora é que chegou no macaco..."

E que tal um "S" de macaco? Olha o rabo.
Um disléxico com escrita espelhada
complica a vida de psicólogos e desenhistas...


E essa bem que podia ser uma contribuição do Rafa Medina
em tempos de escolinha das tias.
Vai ser outra história.
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 PARA CASA:
passem adiante esta mensagem
e ajudem a salvar o planeta





quarta-feira, 16 de maio de 2012

GRUPO 2: UMA VISÃO CLÁSSICA

A condição humana e a educação em
Hannah Arendt

(1906 - 1975)

Hannah Arendt nasceu na Alemanha e faleceu nos Estados Unidos da América.

Filósofa política alemã formada em 1928, de origem judaica, uma das mais influentes cabeças do século XX.
Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária, publicou obras importantes de filosofia política, tais como:
1949: Origens do totalitarismo

1950: O que é política?

1957: A crise na educação

1958: A condição humana

1961: Entre o passado e o futuro

1971-78: A vida do espírito

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 O artigo de Odílio discute a relação entre condição humana e educação em Hannah Arendt.

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A autora é associada ao processo educativo da visão clássica da educação em contraposição à visão especializante e adestradora da modernidade. É apresentada a visão geral da condição humana em Arendt e, por último, aborda-se a natalidade que, segundo a autora em pauta, é a condição humana diretamente ligada à educação.
Para Hannah “a essência da educação é a natalidade”.
A idéia é explicitar que o tema da natalidade  é, entre as demais condições, a mais intimamente ligada à capacidade de iniciar algo novo, isto é, à ação, pois “os homens, embora devam morrer, não nasceram para morrer, mas para começar”.

A relação entre educação e condição humana, nas posições clássicas, é propícia ao florescimento humano, entendido como desenvolvimento das capacidades  poéticas, teóricas e práticas. Sem trabalho, educação,  e arte, o homem reduz-se a mero ser vivente . A condição humana funciona como uma espécie de habitat apropriado ao desabrochamento e revelação dos seres humanos

A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem.

 As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte.

Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornam-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar.

 “O homem, para viver, precisa sempre dar conta da vida e da sua reprodução; de um mundo que o proteja das intempéries da natureza e de um espaço que possibilitasse a sua interação política e linguisticamente mediada”.


A condição humana não é o mesmo que a natureza humana:

“É altamente improvável que nós, que podemos conhecer, determinar e definir a essência natural de todas as coisas que nos rodeiam e que não somos, venhamos a ser capazes de fazer o mesmo a nosso próprio respeito. (...) Em outras palavras, se temos uma natureza ou essência, então certamente só um deus pode conhecê-la e defini-la; e a condição prévia é que ele possa falar de um ‘quem’ como se fosse um ‘que’.” ( p. 18-19

Para Arendt, o homem é um ser para o nascimento. A categoria de natalidade, em Arendt, é uma aposta esperançosa na capacidade humana de agir e de falar, de romper qualquer tentativa de opressão, manipulação e controle.
O homem não é apenas imitação e repetição, mas capacidade de, no interior da condição humana, começar algo e, dessa forma, inserir-se no mundo humano.

Yes, the human condition...

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Seminário apresentado na Graduação de Pedagogia,
disciplina Filosofia por: Ivanete A. Silva Rocha e Roseli Marques Rodrigues

(texto-base para exposição em sala de aula: publicado por Odilio Alves Aguiar,
na revista Educação e Filosofia, v. 22, n. 44, p. 23-42 – Dossiê Ensino de Filosofia)

(Orientação: Prof. Dr. Bento Itamar Borges – UFU)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Grupo 1: REPETIÇÃO CRIATIVA...



...OU CRIAÇÃO REPETITIVA?

Este blog registra cenas de nossa aula de hoje, sexta-feira de manhã. O primeiro grupo apresentou o texto de Alejandro Cerletti: Enseñanza filosófica – notas para la construción de un campo problemático.
Alejandro Cerletti

Serão nove grupos, até o final de junho. Seis deles apresentarão os textos do Dossiê sobre ensino de filosofia, publicado na revista Educação e Filosofia, v. 22, nº 44, de 2008 – capa dourada, de uma edição especial que vale ouro.
E mais três grupos, com temas pertinentes, inclusive uma tradução feita e publicada pelo professor desta disciplina e um artigo, que publicou em parceria com dois colegas. Duas contribuições recentes para a área da educação.

Cerletti tem livro também sobre o tema
Não é intenção nossa resumir o texto de Cerletti, pois gostaríamos de motivar os leitores do blog para sua leitura integral, disponível gratuitamente no endereço a seguir:
http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/1966/1640
As alunas Lívia Rocha e Bruna Queiroz conduziram bem a exposição, apesar das intervenções do professor... que, de vez em sempre, conversa demais e muda de assunto. Mas chegaram ao fim e ficamos todos satisfeitos, diante da platéia atenta.

Lívia - el maestro - Bruna


Um tema central no texto de Cerletti e que também ganhou destaque foi a idéia de “repetição criativa”, associada ao filósofo fancês Alain Badiou.

Alain Badiou

Vimos também, pela bibliografia, o curioso título de um livro de Jacques Rancière, sobre o “mestre ignorante”. Pode? Pode. Olha este aqui, por exemplo, que ignorava isso: que Rancière houvesse escrito um livro sobre o mâitre ignorant... Talvez fosse o chefe dos garçons de um restaurant chic...



Jacques Rancière, que escreveu
"O mestre ignorante"
 
E ficamos pensando: será que esse professor em Buenos Aires – argentino por supuesto – foi fazer seu doutorado em França? Isso é fácil resolver: enviaremos um email ao nobre vizinho.
E gostamos de ver que Cerletti cita nosso querido Paulo Freire. E um dia eu contarei aqui uma história sobre Paulo Freire e Argentina. Espero lembrar disso perto do dia dos Professores, pois dá pano pra manga.

Esperamos que as alunas tenham tomado notas também das idéias secundárias. Pois faremos uma “Memória de curso” no final de junho. Por exemplo:
a)      Esboçamos uma feliz analogia entre filosofia e fotografia (a desenvolver um dia);
b)      Criticamos os abusos praticados pela escola nas décadas de 70 e 80, em torno de uma certa “criatividade” misturada a sucata e estereótipos;
c)       Comparamos também as áreas do direito e da filosofia, quanto à tradição e às demandas atuais, em problemas como crimes praticados por robôs e novas configurações de famílias.
repetição criativa

Observação sobre as imagens da net. Se você procura “criação” no Google, as referências mais comuns são da área da propaganda: criar campanhas publicitárias. E também a auto-referência do meio, que é a mensagem: “criação de blogs e sites”.
E quando você digita “repetição”, pode cair em sites e blogs de design. Em um desses, de um estudante de design, encontramos as ilustrações “geométricas” aqui utilizadas. Citamos a fonte e agradecemos ao Tiago ( e aos fotógrafos cujos nomes nem sempre encontramos – com sempre, se alguém reclamar, fazemos uma vaquinha ou retiramos a imagem do ar...)
criação repetitiva

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E por falar em repetição, olha aí as alunas de novo!

É igual, mas é diferente: prestem atenção,
pois há mais sorrisos aqui.
Também pudera! O sucesso da disciplina, o primeiro grupo e...
hoje é sexta-feira!
etc.
etc.