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quarta-feira, 16 de maio de 2012

GRUPO 2: UMA VISÃO CLÁSSICA

A condição humana e a educação em
Hannah Arendt

(1906 - 1975)

Hannah Arendt nasceu na Alemanha e faleceu nos Estados Unidos da América.

Filósofa política alemã formada em 1928, de origem judaica, uma das mais influentes cabeças do século XX.
Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária, publicou obras importantes de filosofia política, tais como:
1949: Origens do totalitarismo

1950: O que é política?

1957: A crise na educação

1958: A condição humana

1961: Entre o passado e o futuro

1971-78: A vida do espírito

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 O artigo de Odílio discute a relação entre condição humana e educação em Hannah Arendt.

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A autora é associada ao processo educativo da visão clássica da educação em contraposição à visão especializante e adestradora da modernidade. É apresentada a visão geral da condição humana em Arendt e, por último, aborda-se a natalidade que, segundo a autora em pauta, é a condição humana diretamente ligada à educação.
Para Hannah “a essência da educação é a natalidade”.
A idéia é explicitar que o tema da natalidade  é, entre as demais condições, a mais intimamente ligada à capacidade de iniciar algo novo, isto é, à ação, pois “os homens, embora devam morrer, não nasceram para morrer, mas para começar”.

A relação entre educação e condição humana, nas posições clássicas, é propícia ao florescimento humano, entendido como desenvolvimento das capacidades  poéticas, teóricas e práticas. Sem trabalho, educação,  e arte, o homem reduz-se a mero ser vivente . A condição humana funciona como uma espécie de habitat apropriado ao desabrochamento e revelação dos seres humanos

A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem.

 As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte.

Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornam-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar.

 “O homem, para viver, precisa sempre dar conta da vida e da sua reprodução; de um mundo que o proteja das intempéries da natureza e de um espaço que possibilitasse a sua interação política e linguisticamente mediada”.


A condição humana não é o mesmo que a natureza humana:

“É altamente improvável que nós, que podemos conhecer, determinar e definir a essência natural de todas as coisas que nos rodeiam e que não somos, venhamos a ser capazes de fazer o mesmo a nosso próprio respeito. (...) Em outras palavras, se temos uma natureza ou essência, então certamente só um deus pode conhecê-la e defini-la; e a condição prévia é que ele possa falar de um ‘quem’ como se fosse um ‘que’.” ( p. 18-19

Para Arendt, o homem é um ser para o nascimento. A categoria de natalidade, em Arendt, é uma aposta esperançosa na capacidade humana de agir e de falar, de romper qualquer tentativa de opressão, manipulação e controle.
O homem não é apenas imitação e repetição, mas capacidade de, no interior da condição humana, começar algo e, dessa forma, inserir-se no mundo humano.

Yes, the human condition...

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Seminário apresentado na Graduação de Pedagogia,
disciplina Filosofia por: Ivanete A. Silva Rocha e Roseli Marques Rodrigues

(texto-base para exposição em sala de aula: publicado por Odilio Alves Aguiar,
na revista Educação e Filosofia, v. 22, n. 44, p. 23-42 – Dossiê Ensino de Filosofia)

(Orientação: Prof. Dr. Bento Itamar Borges – UFU)

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