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sexta-feira, 20 de abril de 2012

COMO É QUE SE ENSINA ISSO?



Aqui estamos contando o que vai rolando na disciplina Filosofia, oferecida ao curso de Pedagogia, na UFU. Imaginamos, com algum conhecimento de causa, que as alunas terão muitas aulas e leituras de f/e, ou seja, de Filosofia da Educação. No plural, pois há inúmeras filosofias da educação (e não precisamos inventar mais). Sendo assim – e parece-nos que assim é - , vamos dedicar algum esforço e tempo na outra área de confluência: e/f, ou seja, Ensino de Filosofia.
Eis aí uma situação real em que filósofos e educadores têm que se entender: a filosofia pode ser ensinada, ao contrário da insinuação contrária do camponês da anedota. E daí cabe perguntar: como é que se ensina isso?
Ora, não é necessário que aquele que ensina filosofia precise saber “o que é filosofia”, de maneira definitiva, completa, fechada. É possível que um cara que não sabe nadar possa ensinar outro a nadar, pois ele sabe como se nada. E poderíamos trazer outros exemplos desse naipe. Por seu lado, aquele que quer (ou deve) aprender mais sobre filosofia já sabe sempre algo sobre filosofia – e não vai nunca partir do zero. E nem nadar no seco.
Meu 0,1 (um valor positivo diferente de zero, mais que nada): a pergunta muito comum entre calouros da filosofia “viemos aqui para aprender a filosofar ou para aprender filosofia?” não chega a ser uma falsa questão, improcedente; faz sentido. Todavia, a pergunta mesma não é nem filosofia, nem filosofar; é meta-filosofia. E reconhecer isso é um grande avanço.

UM ESCÂNDALO, DOMESTICADO
No primeiro dia de aula, descobrimos que as 36 alunas desta turma não conheciam a revista Educação e Filosofia. Tínhamos que resolver logo essa carência, pois esse periódico acadêmico de alto nível, produzido na UFU, é nosso orgulho, resultado de quase 30 anos de muito trabalho. E mais ainda: uma prova viva de que a colaboração entre educação e filosofia é um mais que uma questão acadêmica; é um resultado do trabalho de profissionais dessas duas áreas.
Este professor fala com satisfação dessa revista, que ajudou a criar e a manter. Foi diretor dela, revisor, tradutor, membro do conselho. Foi e ainda é lá colaborador – com vários artigos e resenhas publicados – e parecerista. Agora, resolveu parcialmente a curiosidade das alunas, ao doar a elas 18 exemplares de números diversos, que tinha repetidos em seu acervo. As que ainda não ganharam um exemplar – além das demais colegas e de toda a humanidade letrada – poderão ler a revista online e de graça.
NA ILHA – Tivemos duas aulas na Vila Digital do bloco 3Q. Aí pudemos ensinar e aprender como acessar essa revista e outras tantas. Simples e de graça. Entre no site WWW.seer.ufu.br
e procure a revista Educação  e filosofia. Escolha o último número publicado ou entre em “anteriores” e localize por ano, volume e número. Depois, escolha pelo título um artigo e clique à direita em “PDF”. Pronto. Abrir e ler.
Assim, hoje, chegamos ao volume 22, número 44, de 2008. Esse número merece a capa dourada, de fato, pois é o sonho dos editores: um número temático, um dossiê sobre o ensino de filosofia.
Já sabíamos há 30 anos que só com a pesquisa poderia manter a revista. E agora vemos que o mundo da filosofia tornou-se mais e mais organizado e produtivo, com mais verbas e oportunidades, mais cursos de pós-graduação, sobretudo nas universidades públicas. Assim, esse dossiê foi possível depois do trabalho de um GT (ou dois?) ligados a nossa ANPOF (Associação Nacional de Pós-graduaçao em Filosofia), ou seja, o número 44 registra a discussão de um grupo orgânico, que tem uma discussão amadurecida.
Nas próximas duas ou três aulas, vamos apresentar e discutir os seis artigos do dossiê, cujos autores são: Odilio Alves Aguiar, Alejandro Cerletti, Sílvio Gallo, Desidério Murcho, Gonzalo A. Palacios  e Walter O. Kohan. Em breve, falaremos dos títulos e conteúdos.
Dois dos artigos estão em español... E queremos encorajar as alunas a ler e entender essa lengua hermana. Podem apelar para tradutores automáticos e dicionários online. E não será preciso traduzir todo o texto. Basta lê-lo todo e fazer um roteiro para o dia da apresentação. E é bom que as alunas queiram planejar para que até o final do curso possam ler também em inglês. Sim, caras alunas, treinar a competência em alto estilo.

SEGUIDORAS – Aproveitamos a visita ao laboratório de informática também para incentivar mais uma vez a visita a este blog. Motivação: cada aluna que se inscrever como seguidora do blog vai ganhar 15 pontos (em 100, do semestre). Boa idéia, não? Aos poucos, vamos aumentando o número de seguidores e visitantes. E esperamos manter o blog depois do fim deste semestre letivo, que já é o terceiro – antes, com o Pippe, e agora na Pedagogia. Novos seguidores são bem-vindos, também de fora da escola.

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