Ontem atendi convite de ex-alunos do PIPE e fui ver exposição de trabalho deles. Na disciplina de meu prezado colega Humberto Guido. O tema era ensino de filosofia e cabe bem aqui neste blog, pois estivemos tratando disso durante um semestre com as alunas da Pedagogia: ensinar filosofia.
O seminário tinha por fio condutor um texto da Profª Salma Tannus, algo como "Ler, escrever, pensar". Um bom texto, como se pode esperar, em coletânea cheia de feras e macacos velhos. Tarimba, entendem? Pedigree.
A questão era a origem do currículo mínimo, de 1962, que orienta e estrutura todos os cursos de filosofia no Brasil, com alguns temperos locais. Por exemplo, a Unicamp contempla melhor o quesito "ciência", com seu CLE e seus cadernos de História e Filosofia da Ciência.
O grupo fez bonito e creio que Guido e eu tivemos uma boa conversa, no entrevero.
As últimas linhas do texto de Salma recomendam algo meio desanimador para a galera, penso eu: quer cortar as asinhas de quem deseja voar antes da hora. Isso (voar e viajar na maionese dos conceitos) deveria ficar para os velhos cheio de manhas e títulos: a paciência do conceito, disse.
Ora essa. Aqui não queremos perder a paciência do conceito e nem a paciência tout court (opa! paciência "curta" soa bem, em francês)
Mas deixemos a velha França de lado, por instantes. É que, de repente, me lembrei de uma moça norte-americana, que foi minha colega em curso de alemão, em Göttingen, Alemanha, 1993. Cindy ou Sandy, anyway. Um dia em sala de aula, a garota ianque contou que seu patrão disse: "Eu preciso de alguém que saiba pensar de pé!"
(Boa essa, não? Ou, como diz a Bárbara Gancia, da Folha, "acabou a matéria!")
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Nosso editor pede desculpas pela falta de imagens e de edição invocada, pois o pessoal do depto de arte já desceu para a praia.
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