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sábado, 15 de outubro de 2011

VAGAS PARA FILÓSOFOS

 Vagas para filósofos na NASA? Não, não é piada, tipo "uma vaga lembrança". Seria coisa séria.

A NASA andou contratando filósofos, disse Newton da Costa. E assim também a Aços Villares, no Brasil, antes das privatizações siderúrgicas do FHC.

Ouvimos isso durante uma das mais belas conferências já trazidas a Uberlândia. O matemático Newton da Costa disse, nos meados dos anos oitenta, que a NASA andava contratando filósofos, ao lado de seus cientistas,  para criar, inventar. Alunos de filosofia ficaram animados. E outros continuaram voados, mesmo.

Faziam reuniões de criação, com brainstorm.  Um chefão lançava tipo um desafio, assim: “Como vamos chegar a Júpiter?” Muitas idéias aparentemente malucas de filósofos eram mesmo coisa de doido, tipo “vamos para Júpiter nadando”.  Outras deram certo. Talvez aquela nave com airbags tenha sido criação de filósofo. Ficou quicando em Marte até parar.
O design não impediu a aposentadoria
do belo Concorde, que bebia demais

Mas podem apostar que aquela mancada básica não foi coisa de filósofo: uma nave não tripulada funcionava com sistema decimal, metros , kms, mas os controladores de vôo, na base da NASA, usavam jardas e milhas... Aí perderam para sempre o equipamento espacial no lado escuro do planeta vermelho. Cabeças rolaram, mas não as nossas.
Boa notícia: filósofos não serão demitidos,
com o fim das viagens do ônibus espacial Atlantis

O lógico e filósofo Newton da Costa fez rir a platéia quando descreveu o naipe dos filósofos contratados pela siderúrgica Villares: executivos de terno de gravata, com pasta 007 (nada de barbudinhos em jeans rasgados, com cara de Che rebelde.)
Não entre em fria: o ônibus russo Buran
não dará emprego a filósofo nenhum
pois explodiu no hangar

Então, o PIPPE show lança esse desafio ao grande Newton da Costa, orientador de nosso colega, Prof. M. C-T: cadê nossas vagas na NASA e na Vale? Ou será que o boom da construção civil atrapalhou nossa “empregabilidade”?  Tomara que não.

É lógico que não é fácil calcular salário
de filósofo na NASA, mesmo para a
lógica paraconsistente

8 comentários:

  1. Fernanda Lima Cró Rossi15 de outubro de 2011 às 18:22

    Olá, colegas! Pesquisei sobre a NASA e realmente ela necessita de todos os tipos de trabalhadores, como cientistas, engenheiros, contadores, redatores, trabalhadores de manutenção, dentre outros. Há até um site para se candidatar a um emprego na NASA. Quem quiser saber maiores informações, é só consultar o Site de Empregos da NASA Nele, poderá incluir o seu currículo, pesquisar empregos e ver as vagas disponíveis na sede da NASA ou em qualquer dos centros da mesma.
    Para cumprir a missão básica da NASA, esta precisa de pessoas para desenvolver e aperfeiçoar novas tecnologias, montar e testar espaçonaves e seus componentes, treinar astronautas/pilotos, como também prestar outros serviços de apoio às missões. Em cada tarefa, existem trabalhadores a empregar e remunerar, prestadores de serviço a contratar e suprimentos a comprar. A NASA requer uma enorme mão-de-obra de mais de 18 mil funcionários e 40 mil prestadores de serviços e um grande orçamento de US$ 17,3 bilhões estimado no exercício de 2008! Imaginem agora em 2011!!! A NASA precisa possuir uma infra-estrutura para fornecer bens e serviços e prestar contas do dinheiro gasto; assim, ela contrata trabalhadores de todas as áreas e todos os serviços.
    Abraços, Fernanda Lima Cró Rossi.

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  2. Aula do PIPE à distância !!! Acho que ainda estou em tempo de participar da aula . Ufa!!! Cheguei do trampo agorinha, +/- às 16:00hs e logo recebi por telefone a notícia dessa aula. Vim pra cá correndo. E acelerado como estou, uma das poucas coisas que me vem na mente - e assim marque eu presença nessa aula - é dizer que: no futuro próximo, se é que já não estamos nele, as pessoas vão vender ideias e o trabalho braçal será feito pelas máquinas. Assim, sendo a atividade filosófica eminentemente reflexiva, crítica, pensativa, curiosa, intelectiva, e até mesmo sonhadora(com a razão desperta), o filósofo ou aquele que estuda e se dedica à Filosofia, parece estar mais apto à esse labor. Entretanto há algumas lacunas(éticas e morais) nessa dinâmica de trabalho, que devem ser pensadas, repensadas e talvez resolvidas. E quem fará isso? As máquinas?
    Fica aí registrada a minha presença.

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  3. Realmente uma aula estranhamente atual e pela abordagem praticamente autoexplicativo algo surpreendente não esperava algo nesse nível.Concordo com o Aládio Bruno ao dizer que deveriam ser repensadas as lacunas morais e éticas que as vezes ficam ultrapassadas.

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  4. Ta aí um lugar massa de trabalhar. Estressante, qualidade de vida zero e coisas do gênero... mas ainda deve ser massa... o jeito vai ser me candidatar.

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  5. Taí um incentivo legal pra gente que só tá começando a nossa vida acadêmica. Há quem diga que Filosofia não serve pra nada e isso sinceramente me desanima um pouco em relação ao meu futuro profissional e também a essa sociedade que cada vez menos valoriza seus educadores. A Filosofia permeia todas as outras ciências e é essencial para o funcionamento de todas elas, há matéria de Filosofia até, vejam só, no curso de Matemática. Acho que oportunidades de trabalho não faltaram para nós. Filósofos de Udia, rumo a Nasa!

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  6. Nosso querido amigo Aládio com sua aparência sempre reflexiva, mais uma vezme faz refletir com seu bom comentário. No PIPPE passado ele foi excelente e fez uma apresentação extremamente curiosa e agora de maneira bem simples traz um "?" a um futuro já presente de como serão e/ou poderão ser resolvidas certas questões...
    A aula de hoje pode até parecer "estranhamente atual", como frisa a Walquiria, mas, gostaria de salientar que para mim, caiu como uma luva, sendo que minha presença no 3Q seria impossível.
    A Filosofia permeia nossas vidas há um bocado de anos. A NASA não irá nunca ignorar os benefícios que um Filósofo pode trazer para suas pesquisas. Querendo ou não o raciocínio do filósofo está alguns "CEM" anos à frente do senso comum. Portanto, Vitor, Filosofia serve sim prá muita coisa. Não desanime não, meu querido, pois mesmo eu, com meus 56 tenho certeza que colherei bons frutos dessa empreitada que iniciei junto com você, que tem um vida inteira pela frente.
    A nossa sociedade, mesmo devagar já consegue entender e valorizar alguns setores que antes eram vistos como "coisas de maluco" ou "subversivas". Em breve, tenho certeza, que dentro do RH de qualquer empresa que se preze, terá uma vaga para filósofo. A NASA, que tanto cuida de coisas espaciais, como a AMBEVE que produz coisas que quando ingeridas sem controle dão a sensação de que você "flutua", poderão estar dando a largada nessa direção. Ambas, com certeza entendem a lógica do raciocínio do Filósofo...

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  7. Boa noite pessoal! Muito interessante usar a tecnologia para que possamos refletir sobre a função e utilidade do filósofo nestes tempos modernos. Precisamos, como disse o Prof. Bento, nos animar quanto a utilidade da filosofia. Hoje, mais do que nunca, as pessoas encontram se muito angustiadas justamente pela falta de reflexão. A comunicação está truncada visto que a interação e inteligência de sociabilização estão em crise. Todos precisam aprender que a filosofia une as pessoas no sentido em que as faz pensar sbre o aprender com os outros. Tenho refletido muito sobre estas facetas.
    Luiz Pedro Silva

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  8. Silvana Cléria J. Inocêncio23 de outubro de 2011 às 20:47

    Olá pessoal do Pippe, Boa tarde a todos!! Vamos defender a nossa profissão!! Vejam vocês quem é filósofo, e como o nosso Professor Bento disse até na NASA tem vagas para nós!! Abraços. Silvana.
    Me desculpe pelo texto um pouco grande.
    O Sr. Luiz Carlos Trabuco Cappi – Presidente do Bradesco é formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo, segue abaixo:
    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, natural de Marília, nasceu em 06/10/1951. Em 1969, aos 18 anos, começou a trabalhar no Banco Bradesco, iniciando sua carreira bancária. Formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo, com Pós-Graduação em Sócio-Psicologia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Em março de 2003 assumiu a presidência do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, onde aumentou a participação no faturamento da Organização Bradesco, chegando a 40% do resultado do Grupo. Também foi presidente da Comissão Nacional de Marketing Financeiro da FEBRABAN, Anapp e vice-presidente executivo da organização. Seguindo a tradição do Bradesco, um Banco de carreira fechada e que valoriza a "prata da casa" é um exemplo de bancário que virou banqueiro: em 10 de março de 2009 assumiu a presidência do Banco Bradesco S/A . Trabuco é o terceiro presidente do banco desde a morte de Amador Aguiar, em 1991. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009[1].
    A ascensão do filósofo Luiz Carlos Trabucco Cappi à presidência do Bradesco sugere a valorização da Filosofia no mundo corporativo. Ele não é o único executivo brasileiro a ter essa formação, seja em nível de graduação, mestrado ou por meio de cursos complementares. A questão, portanto, é saber o que mudou no mercado empresarial para trazer um conhecimento normalmente restrito ao ambiente acadêmico para o pragmatismo das empresas.
    A coordenadora de projetos da Fundação Itaú Social, Isabel Cristina Santana, é outra filósofa atuante em uma área corporativa. Na sua avaliação, uma das principais contribuições dos filósofos para as empresas é a forma de pensar, própria dessa carreira, que valoriza a reflexão aprofundada dos conceitos e das situações, o que permite ter uma visão mais abrangente da realidade. Segundo ela, é atributo da Filosofia pensar coisas complexas e estabelecer relações entre fatos e conceitos. Por isso, esses profissionais têm condições de ajudar as companhias a burilarem a arte de pensar. O que é muito útil, porque “as complexidades do mundo só aumentam”, lembra Isabel.
    Para ela, o que as empresas deveriam aproveitar melhor de seus funcionários filósofos - ou do conhecimento filosófico em geral - é a metodologia de investigação filosófica. “Essa metodologia envolve aspectos que muitas vezes faltam às empresas, como visão crítica, criatividade, busca de sentido e coerência de raciocínio”, explica.
    O restante da matéria está abaixo...
    http://www.zap.com.br/revista/empregos/canal-rh/filosofia-em-alta-no-ambiente-corporativo-20090312/

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