TUDO AO MESMO TEMPO AGORA

Agora e no futuro possível da UTOPIA.
Agora, mas nem tanto, pois o projeto de educação humanista é mais velho que rascunho
da Crítica da Razão Pura.
Tudo, mas nem tanto, pois o que Kant sabia de disciplina devia ser coisa de milico...
Assim foi nosso SEMINÁRIO: plural e mucho loco - defendemos uma educação misturada
com instrução, com qualificação, certificação, comunidades alternativas, bikes, vegans...
Mucho loco, mas nem tanto: nem tudo que se ensina tem um gancho na prática,
na vida do aluno, do pedreiro analfabeto de Paulo Freire.
Ti-jo-lo. Ta te ti to tu. Ja je ji jo ju. La le li lo lu > LUTA.
Pode ser, mas... que dizer de Chopin?
Nada a ver e nada a ouvir com a prática conhecida.
Educação também deve ser a abertura para o inédito, o inaudito, o inefável.
Ouvir o que nunca foi ouvido - e nem pense em sonzão, ruído - eis a pista para
o ganz Anders, o inteiramente outro, o completamente diferente.
Assim diziam Zaratustra (ou Trusta?) e o Teddy Boy Adorno.
O seminário PIPE aconteceu e valeu.
Só não pode é ser modesto, pedir desculpa.
É tipo assim "ali você é autoridade no assunto", mas tem que
coordenar e dar a palavra e reunir as contribuições, inclusive a lista
de novos problemas que surgem.
Por exemplo: a educação é universal ou apenas o direito de acesso à escola?
E isso complica com as poíticas de cotas?
Deveríamos ter todos uma alfabetização bilingue ou trilingue, com trema e sem trema.
E a escola? Deveria combinar educação + preparação para o trabalho, que muda, com o mercado.
Mas... a escola deve ouvir o mercado? Ou a sociedade?
De quantos artistas e filósofos a sociedade "necessita"?

Muito bem, galera. O seminário rolou. Foi muito bom. Valeu. Já podem repetir por aí
essa técnica de aula e discussão aberta e rica.

Até já. Professor Onemanshow do Pipeshow