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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PIPE 2 É ISSO - RECEITA DE SUCESSO sem gordura trans

PIPE 2 é também uma disciplina, com carga horária, diário e festa de encerramento do semestre. Com os sininhos de Jingle Bells fica claro: acabou o ano, inclusive o ano escolar. Quase todos os alunos foram aprovados. E mesmo com todo o esforço não foi possível acabar com os dois barris de chopp Über Bräu. A festa de despedida foi legal, com muita chuva, gente e violão. João Paulo revelou seu talento nas cordas. E vimos que depois das tantas, todo Schubert esconde um maluco blz. Sim, Enoque tocou Raul. Agradecimentos aos donos da aconchegante casa da festa, Valéria e Sérgio. E o fim do PIPE teve ares de formatura. Em vez de diploma, uma gravura original e assinada, de Marina + Escher + Herzog. 

Mas ainda temos café no bule para um comentário final -  de fim de semestre, pois é claro que poderemos voltar a este blog em breve com notícias tipo "como ficou". Por exemplo, mais info sobre mobilidade internacional e sobre nosso projeto da "Nova Ágora" ou coisa parecida. 

Enquanto o peru toma cachaça (e de repente escapa pela cerca velha de bambu, para alegria dos vegetarianos), vamos dar umas dicas aos novatos no PIPE. Sim, o professor de cursinho não esconde sua origem: dica, macete, bizu. Pois não basta ler um plano de curso ou uma resolução do MEC; tem que ter as manhas...  Não tem muito segredo e não vamos fazer onda: o PIPE aqui teve inter-disciplinaridade e pesquisa. Sim, senhores. E pode rolar de novo com outras turmas. 

Nossa noção de interdisciplinaridade foi, sobretudo, um ensinar ao outro o que sabe. Por exemplo: gravura, feng shuei, origami. Alunos ensinando a colegas e ao professor o que é e como é que se faz isso. 

Nossa noção de pesquisa foi básica e cheia de consequências. Perguntamos: o que vocês não aprenderam aidna a fazer aqui na universidade e que está fazendo falta? Seminário. Quiseram aprender como se prepara e se apresenta esse negócio. E deu certo, em todas as fases e com muita discussão, que retornou. Outros queriam saber o caminho das pedras para o exterior, intercâmbio, bolsa. E fomos procurar Pró-reitoria e ouvir alunos nossos que estão no exterior.

Além disso, pesquisa é também conhecer o chão que se pisa, olhar em volta. E aí passeamos pelo campus e vimos árvores derrubadas e árvores floridas e mangas maduras. E ouvimos histórias sobre as origens do curso de filosofia, os osentrever e todo o ritual da aproximação com outras tribos. Levamos longe a pesquisa do conceito de espaço e de sagrado, com a ajuda de nosso querido cineasta maluco Werner Herzog e de alguns jovens e inteligentes arquitetos. 

O que faltou? Tempo e dinheiro. Boa-vontade tivemos de sobra. E é claro que o resto é com a turma, com as novas disciplinas e a vida inteira. Aprendemos a fazer cisne e sapinho de papel. Medimos a energia das salas e vimos que o nome do professor é de cor laranja. Falta a alguns aprender a andar de bicicleta, jogar bumerangue e conjugar o verbo haver - nada a ver com o verbo colorir. As cores ficam por conta de cada um, pois o arco-iris e o paintbrush estão aí. 

E faltou a enfermeira sexy que Wim Wenders colocou no filme Paris Texas. Horas gastas na net e nada de te achar, oh!, Nurse Bibbs... Sim, ela era uma das atrações do Peep Show, o original. Na vitrine, pra marmanjo nenhum se atrever. Eis a origem da brincadeira, pois "PIPE Show" deveria soar como "Peep Show" - Sem ressentimentos. Te concentra no show que foi a disciplina. E esqueça de vez essa fantasia com a Nurse Bibbs.

Psiu. Silêncio. Hospital. [Aliás, cuidado nas festas de fim de ano, moçada! Não queiram passar o ano com uma dessas por aí, com seus remédios amargos e agulhas afiadas. Saúde e juízo!]


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