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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Filosofar é fazer o que os filósofos fazem


O blog do Pippe Show está orgulhosamente a vos apresentar
este que deve ser o penúltimo episódio do dossiê "Ensino de filosofia"

Aí tem os Senhores e Senhoras um roteiro de leitura preparado pelas alunas da pedagogia e depois recortado pelo professor, que não quer incentivar resumos nem apostilas. Desde já anexamos aqui o endereço para leitura do texto na íntegra e sem custos financeiros:


O Prof. Desidério era professor da Federal de Ouro Preto
quando escreveu este artigo, mas sabe-se lá se virou um PhD alhures...



A NATUREZA DA FILOSOFIA E O SEU ENSINO
Desidério Murcho
O português Desidério acerta na boa redundância:
filosofar é fazer o que os filósofos fazem

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A natureza da filosofia levanta dificuldades no modo em que ela é lecionada no Brasil. E esse ensino costuma  negar a natureza aberta e especulativa da filosofia.
As três idéias principais desse artigo:
1)      compreender a natureza aberta e especulativa da filosofia;
2)      distinguir cuidadosamente as competências estritamente filosóficas (diferentes da mera  “informação histórica”);
3)       a leitura filosófica ativa dos textos dos filósofos.

A filosofia se diferencia das demais disciplinas por apresentar poucos resultados consensuais; a maioria dos problemas centrais da filosofia continuam em aberto. E esta afirmação é contraposta por três pontos: não significa que não há resultados; não significa que não há alguns resultados consensuais em filosofia; não é necessariamente o inicio de um elogio ao permanente “questionamento” sem rumo.
Desidério está nessa briga faz tempo:
e vamos eliminar alguns atravessadores!

Parece que afirmar que a filosofia é uma disciplina em aberto, sem resultados substanciais consensuais é uma forma de denegri-la (sic!) [...e avisamos ao colega português: evite o verbo “denegrir”, em desuso, por respeito aos valores étnicos e mestiços, etc.]

Ora, as instituições de ensino estão direcionadas a transmitir o conhecimento já pronto, priorizando os resultados consensuais.

Entramos então em discussão com o “cientismo”, este pode ser definido pela solidez acadêmica de uma dada área de estudos com a qualidade de resultados substancias que esta área produz. O “cientismo” manifesta-se na ideia de que ou a filosofia priorize metodologias que garantam resultados substanciais ou então a mesma tem que ser abandonada. [seguem-se informações históricas]

A filosofia não é um pensamento empírico; é um pensamento a priori, ou seja, não usamos laboratórios, estatísticas, observação telescópica ou microscópica como as demais disciplinas, sendo assim é feita pelo pensamento e tem caráter eminentemente conceptual.
Outro livro com o nome de Desidério na capa:
ele organizou esse junto ao Centro para o Ensino da Filosofia, que é uma unidade da Sociedade Portuguesa de Filosofia formada por professores e investigadores apostados na qualidade do ensino da disciplina. Fundado em Julho de 2000, o Centro tem participado activamente na discussão da reforma dos curricula, nomeadamente com o Ministério da Educação, e publicou já três livros, cumprindo assim o objectivo que consta dos seus estatutos: “o aperfeiçoamento e dignificação do ensino da Filosofia em Portugal”.

O objetivo do ensino genuinamente filosófico da filosofia é ensinar a filosofar, e daí é preciso ensinar a ler os textos filosóficos ativa e filosoficamente.  Só há filosofia se questionarmos as ideias, os argumentos dos grandes filósofos.
Devemos encarar com maturidade que um estudante de filosofia filosofe. Poderá ser incapaz de ser um filósofo de marcada originalidade, mas se é um estudante de filosofia tem que saber filosofar. Filosofar não é fazer relatórios mais ou menos acadêmicos sobre o que os filósofos pensam.
Filosofar é fazer o que os filósofos fazem. E compete-nos a nós ensinar os estudantes a fazer isso. O que significa que temos também de aprender humildemente a fazê-lo porque muitas vezes ninguém nos ensinou tal coisa.
Sorte de Ouro Preto ter lá o Desidério,
mas ele sempre esteve para o mundo todo
nas redes de discussão, desde pelo menos 1997,
quando nosso aluno Kuntz já trocava figurinhas com
o colega português.
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Grupo 3: Amanda, Sílvia, Sandra e Vanessa.

O grupo 3 prefere não expor sua foto,
mas se mudarem de idéia, caras alunas, a moldura já está
aqui esperando uma imagem.
 



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