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sexta-feira, 1 de junho de 2012

REGRAS DO MARION: CARIDADE SEM PREGUIÇA

Fala sério.Esse texto de Jean-Luc é muito dífícil. O professor admite e varou a madrugada preparando aula. Quem quiser que confira. Estamos devorando todo o dossiê sobre o ensino de filosofia, o nº 44 da revista Educação e Filosofia. Mas esse artigo é pedreira. Só conheço algo desse naipe, indigesto e sem lado de chegar: o livro de Cossutta.
O Jr. tinha esse livro e eu também o adquiri, mas...
o que fazer com essa obra hermética?
As alunas apresentaram o texto e deixaram o roteiro a seguir. Ao final, damos o site para quem quiser ler Marion na íntegra. Cheio de referências e artimanhas, mas... um exemplo de que não podemos ler com preconceito. Tipo: esse francês é pedante, está se achando, etc. Ele e os demais franceses tem razão nisso: nenhum país investiu tanto nessa tecnologia de explicar textos de filosofia. Não adianta chiar.

Jean-Luc Marion
Há fotos dele no fardão, pois tem cadeira na Academia Francesa
Não é fraco, não.


E o texto de Marion, no fim das contas e através de categorias atraentes como a "caridade" e a "preguiça", traz importantes regras, como dar atenção aos autores menores e até nanicos.
É um típico caso de "ad astra per aspera", ou seja, tem que ralar para chegar a brilhar.
Mas, vamos combinar, não é? O grande trunfo dos franceses continua sendo Descartes. O que seria da filosofia francesa sem ele? Well, perguntem aos holandeses que o deixaram trabalhar em paz...

ALGUMAS REGRAS EM HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Limites da Proposta
O autor, em sua proposta não tem a intenção de definir a metodologia, mas busca reconstituir as metodologias aplicadas. A França renovou os aspectos quantitativos e qualitativos da disciplina.
Demonstrar
A Filosofia como disciplina, busca convencer e apresentar teses estabelecidas por demonstrações. O autor  demonstra que um  historiador da filosofia deve: conhecer profundamente o autor, não tentar explicar aquilo que não se domina, ser um interprete e também filosofar.
O texto ativo
A história da filosofia deve se tornar científica.
Para se tornar ciência ela deve proceder, por acumulação de conhecimentos verificados. Durante a acumulação dos conhecimentos, não se deve fazer economia do trabalho textual. O texto ativo, é um norteador para os leitores, ele  serve para eliminar e invalidar .
Um texto não compreende apenas um conjunto de escritos, mas também a história de sua interpretação. A história e a filosofia são indissociáveis.
O contexto
O progresso em história e em filosofia não procede somente por acréscimos de dados factuais e especulativos, mas também pelo crescimento externo.
Paradigmas
Não há, pesquisa de história da filosofia sem questão filosófica. Em princípio, nenhum paradigma deve ser excluído para guiar uma investigação em história da filosofia, porque sua legitimidade se mede, com efeito, pelos seus resultados – pela amplitude da inteligibilidade produzida no campo concernido.
Conceito e erudição
 A história da filosofia concerne a filosofia, porque ela marca o grau de pertinência retroativa de uma filosofia. Ela concerne também a história, porque ela coloca em evidência nesse contexto o trabalho do espírito e do conceito no campo complexo, desordenado e sempre a retomar da via indefinidamente renovada das ideias.
grupo: Thaís Roberta, Ana P Queiroz, Priscilla Rayane, Maria Beatriz


 
Nosso departamento de imagem aguarda a foto do grupo sete.


Texto original de Marion: publicado na revista Educação e Filosofia, nº 44, que pode ser lido de graça no endereço a seguir


http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/1976
Jean-Luc Marion

(Tradução de Leandro de Araújo Sardeiro)

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