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quarta-feira, 13 de junho de 2012

A ponte é até onde vai meu pensamento




A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
(Lenine – A Ponte – CD O Ano em que faremos contato, 1997)

ESTE POST TEM UMA TRILHA SONORA
E QUEM ESTIVER TRANQUILO, PARA LER SEM PRESSA,
PODE OUVIR LENINE CANTANDO, NO ENDEREÇO A SEGUIR:


Ponte Delta, no Rio Grande, e mais algumas obras de arte ferroviárias


CONTINUAMOS AQUI A APRESENTAR O "DOSSIÊ ENSINO DA FILOSOFIA", COM MATERIAL DO GRUPO 5, QUE LEU E EXPÔS O TEXTO DE SILVIO GALLO:

"FILOSOFIA E O EXERCÍCIO DO PENSAMENTO
CONCEITUAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA"

A cultura do pensamento é a construção de pontes, de conexões elétricas e efêmeras como as sinapses, sempre em transição. Pensar é conectar. Pensar é construir pontes. Para utilizar uma expressão de Deleuze e Guattari, pensar por conceitos é uma atitude sintagmática, de estabelecer relações e conexões.

1 - Três registros do pensamento
Quando investigamos a cultura do pensamento na escola, devemos distinguir entre três modalidades básicas: 1. O pensamento por figuras ou imagens; 2. O pensamento por palavras; 3. O pensamento por conceitos.
Em um primeiro momento, o próprio pensamento por imagens se vale da palavra: é a construção das metáforas, das parábolas como forma de pensar e de fazer pensar o outro. No âmbito da cultura da oralidade, sabemos da importância que tiveram e têm ainda as metáforas e palavras, como, por exemplo, as parábolas nos textos religiosos, na Bíblia e nos sermões dos padres e pastores.
O pensamento por palavras é, de longe, o mais utilizado pelos seres humanos. O uso da palavra como ferramenta, para além da comunicação, significou uma revolução na nossa forma de pensar. Passamos a pensar também por palavras, mais do que por imagens, o que possibilitou que se processasse o pensamento com mais rapidez, com maior rigor. A este tipo de pensamento, os antigos gregos chamaram logos, significando, a um só tempo, palavra e razão.
Mas os gregos antigos criaram, porém, uma terceira modalidade de pensamento: o pensamento por conceitos. E fizeram isso ao criar uma nova “disciplina” do pensamento, à qual deram o nome de Filosofia.
Por ora, a intenção era apenas a de mostrar que o pensamento não é único, nem unitário, nem homogêneo.

2 - Pierre Lévy e os três pólos do espírito

Lévy delimita os três grandes momentos da história do conhecimento humano marcados por suas tecnologias específicas: o pólo da oralidade primária, momento este dominado por um conhecimento que costumamos chamar de mitológico; o pólo da escrita, com todo o impacto que essa tecnologia gerou sobre o saber humano, e o polo mediático ou informático, da segunda metade do século XX e que já nos permite vislumbrar assombrosas possibilidades para o conhecimento.
Podemos afirmar que a oralidade engendra um saber do tipo narrativo, baseado na ritualidade; a escrita, por sua vez, apresenta um saber teórico baseado na interpretação, enquanto que a informática possibilita um saber operacional baseado na simulação.

3 - A filosofia como exercício do pensamento conceitual

No quadro do que foi apresentado até aqui, podemos definir a filosofia como a atividade de criar conceitos. (p.63)
Mais adiante, lemos sobre como se formam os conceitos, segundo o filósofo, a partir dos atos lógicos da comparação, da reflexão e da abstração.

4 - Filosofia e o exercício do pensamento na sala de aula

Na sala de aula, estamos investindo em experiências de pensamento ou impondo uma recognição? Estamos ensinando a filosofia como atitude crítica e criativa ou estamos disseminando uma imagem dogmática do pensamento?
Para responder a tais perguntas, Gallo cita Pierre Lévy, que se apóia em Havelock, que trouxe uma proposta de interpretação para o nascimento da filosofia baseada na passagem de uma cultura oral para uma cultura escrita.
Tratar do ensino da filosofia como criação de conceitos, como experiência do pensar por conceitos, significa fazer da sala de aula uma espécie de laboratório ou “oficina de conceitos”. Trata-se de deslocar o foco do ensino como treinamento para uma educação como experiência, em que cada estudante seja convidado a colocar seus problemas, adentrar no campo problemático e experimentar os conceitos, experimentar o pensamento por conceitos, seja manejando e deslocando conceitos criados por filósofos ao longo da história do pensamento, seja criando seus próprios conceitos.

Filosofar com o martelo?

Somos educados a partir da experiência, tratando assim o “ensino como treinamento”, somos treinados a treinar o pensamento. O objetivo da Filosofia é ensinar a pensar.
“O ensino é uma espécie de convite; sua ligação com o aprendizado é frágil e tênue. Isto significa que, para além de qualquer método de ensino, não há método para o aprendizado;” (p.74).

Assim a filosofia deve ser criadora de conceitos, sendo responsável por estimular o pensamento, sendo a sala de aula a “oficina de Conceitos”, deslocando o foco do ensino como treinamento para uma educação como experiência. #

Oficina do tio Pierre

>Para ler o texto na íntegra e de graça, acessem o endereço a seguir:



Grupo 05 (breve com foto!):
Franciele Thainara
Gabriela Ribeiro
July Natalie
Lorraine Cassia
Thaís Rodrigues
Thatyane Inez

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