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sábado, 17 de dezembro de 2011

NEVER ON SUNDAYS

EDITORIAL EM CLIMA DE NATAL

Este blog do PIPPESHOW não veio para "desencantar o universo". Muito pelo contrário. E dançou quem acha que a filosofia (pura ou séria) deveria desbancar o querido Baco, deus do vinho y de las tonterias.

Mudando o enfoque, pergunta-se por aí: quem acredita em coincidência? Pois escutem essa: ainda ecoava em meus ouvidos - e entre os dois neurônios no stand by - a canção "Acropolis Adieu", sugerida no post anterior, quando sobreveio a este mediador a idéia de dar um título bacana ao último post deste PIPPESHOW 2011: "Never on sundays". Nunca aos domingos, pois virou costume neste semestre, passar horas aqui no teclado aos sábados, com ou sem aula. Posts, relatórios e comunicação com os alunos às vésperas dos domingos. Algumas vezes já na companhia de uma cerveja Petra ou Bock.

Ora, ao procurar a música-tema "Never on Sundays", uma surpresa: deu Grécia de novo. Confiram no Wikipedia: Never on Sunday (br.: Nunca aos domingos), do original grego Ποτέ Την Κυριακή, é um filme grego de 1960 do gênero "Comédia Romântica", dirigido por Jules Dassin. O filme é falado em grego e inglês, etc.

Sugestão de fundo musical, em grego:


e também em português, na voz da esquecida Edith Veiga:

O departamento artístico do PIPPESHOW decidiu por unanimidade ilustrar a última matéria do PIPPE com fotos feitas ontem, sexta-feira, um pouco antes da última aula. Fazia um sol fantástico, desse astro que aparece nos últimos minutos, em tons amarelados, por baixo de nuvens espessas. Tudo a ver com o título dado por nosso aluno, o jornalista Rafael. Além disso, com a ajuda de José Paniago, foi feita mais uma intervenção em favor de nosso emprego, com carteira assinada e salário digno, pois "empregabilidade" é um engodo que não nos satisfaz. O PIPPE voltará a qualquer momento em edição extraordinária, mesmo depois do fim do semestre, pois está sobrando mês no fim do nosso salário e... nunca diga nunca.



O ÚLTIMO SUSPIRO DE UM PIPENSE EM 2011

Rafael Ferreira dos Santos
Não era aula da saudade, mas...

Para alguns 2011 já se foi, para outros, o ano não termina e como o dizem pelas ruas “chega o apocalipse, mas não chega 2012”. Bom, a ordem das coisas esta natural e ao que tudo indica devemos esperar que o tempo traga 2012 para nós e devore o que ainda resta do frondoso que se encerra. Frondoso para eu que tive oportunidades fantásticas e uma delas foi sem dúvida ingressar novamente à carreira acadêmica, em uma universidade federal e em um curso que resgata preceitos morais e éticos da civilização.
Contudo, em minha navegação tive problemas no roteiro e os ventos bravos e tempestades abruptas tiraram-me da rota. Confesso que não foi ruim, pois para todos os lados que olho vejo oportunidades. E o que posso relatar diante dos companheiros de sala é uma colcha de retalhos das bravas sextas e sábados que se foram.
Dentre todos os dias de aula do Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE), sem dúvida o mais assombroso foi o que culminou nas escolhas de temas para trabalhar o semestre (na verdade foi o que tratamos de política, mas aí era sexta, aula de Leitura e Produção de Textos). A turma composta por Flávio Félix, Walquíria Souza, Fernanda Lima, Dijacir Alves, Alyson Lein e eu estava incumbida de resgatar o valor de um professor de filosofia e mostrar de fato quanto vale o conhecimento que carregamos. De fato foram levantamentos impecáveis dos companheiros de PIPE, conseguiram até mesmo uma entrevista bacana com uma atendente de Call Center, o que em meios jornalísticos requer muita burocracia até chegar neste profissional. Acredito que este trabalho possa continuar a fluir ao longo dos anos e fazer comparações que possam mostrar quanto custa o conhecimento de um profissional filosófico.


Pena que o grupo se dissolveu, tendo em vista que a proposta mudou, mas poderíamos ter feito mais. E sem chorar o leite derramado, tive a oportunidade, junto com o camarada Alysson Lein, de entrevistar um dos maiores nomes da filosofia atual: Marcelo Dascal, professor em Tel Aviv, fala sobre direito eleitoral, a ciência da cognição, semiótica, epistemologia e possui váiras publicações atualmente. Infelizmente a oportunidade se tornou complacência tendo em vista que o homem fez um dia todo de palestras e quando iniciou os trabalhos do lançamento do livro “Pragmática e a Filosofia da Mente, vol. 1: O Pensamento na Linguagem” percebia-se que não estava muito bem. E no esforço de trabalhar o conteúdo citado, ele deu uma mostra de conhecimento, mas fomos solidários em não questioná-lo em uma possível entrevista, pois até sangrar o ouvido direito, o homem sangrou, talvez pelo fuso, cansaço, pressão arterial e por aí vai. Ele esteve na Universidade Federal de Uberlândia e participou da XIV Semana de Filosofia da UFU, do I Colóquio de Lógica, Conhecimento e Ontologia e também do V Encontro de Pesquisa em Filosofia (eventos realizados simultaneamente).
Retornando a cronologia dos trabalhos executados em Pipe, certamente alguns chamam mais atenção que os outros e devido a minha carga e trabalho notei que tivemos sessões de fotos para mostrar os “pipenses” da filosofia. Uma pena não ter participado, mas fica o sentimento. Agora sim, volto a linha de raciocínio, alguns trabalhos chamam atenção pelo conteúdo bem elaborado e de escrita prática. Afinal, na Internet não se escreve rebuscado, mas bem escrito.
O grupo do amigo Nickson dissertou sobre as oportunidades que a UFU oferece para que os estudantes da instituição “sintam-se” mais em casa e menos “peixe fora d’água”. Uma ótima prestação de serviço para mostrar que existe auxílio médico, moradia, alimentação e outras formas do estudante conseguir se manter em Uberlândia, cidade a qual cresce e não distribui renda, mas daí são coisas do sistema. Na ótica de um comunicador, acredito que poderiam ter investido mais na entrevista com um coordenador de alguma das áreas que foram citadas, para trazer mais peso ao conteúdo.
O trabalho tratado sobre "Empresa Júnior" realmente deu muito pano para manga, tendo em vista que Djalma Pellegrini, o dono da petit diabolic (essa piadinha pertence às aulas de francês), conseguiu resgatar valores fordianos para descrever o processo industrial e trazer à tona um sentimento positivista diante da criação de uma empresa voltada à filosofia. Um tema interessante e que pode mostrar o ponto de vista de quem esta fora dos estudos da filosofia. O que deixa um tanto triste é ver que sempre perguntam “faz filosofia pra quê? Não tem onde trabalhar”. Talvez um reflexo do imediatismo ou mesmo da dissonância da sociedade em relação às coisas que realmente importam, mas vejo que existem possibilidades para o acadêmico, não só como professor, mas como corresponsável em grupos que tratam de ética nas empresas, por exemplo.
E para quem não quer trabalhar, no mínimo ganhar para estudar vai bem, não? A carreira profissional do estudante muito me apetece e foi um tema relevante, principalmente para os que sonham em manter os estudos ao longo da vida. De graduado à doutorando, tudo é possível mediante uma boa paciência e impecabilidade nos projetos. Neste tema, o que mais chama atenção é a frase do professor Bento “mas muitos dos alunos já trabalham e vão continuar agindo em outras áreas, além de ensinar filosofia em escolas. O importante, para todos nós e para todos a classe trabalhadora é conseguir trabalho e justiça. Trabalho com justiça”. Sim, eu penso desta forma e me vejo lecionando e sendo jornalista, não há mal nisso. E quem puder leia este post http://pippeshow.blogspot.com/2011/12/pippe-em-defesa-de-nossos-empregos.html retrata bem a realidade do profissional.
Já no fim do semestre, outro trabalho que me brilhar os olhos foi do grupo de nossa companheira Fernanda, com Aládio e Vânia. Eles retrataram a realidade ergonômica da biblioteca da UFU e o querido professor fez questão de dar um título à moda “Estadão”, onde reprovamos em gênero, número e grau as condições de estudos na biblioteca. De fato, quem passa muito tempo ali dentro, merece no mínimo o silêncio, o qual sempre sai para passear de demora o regresso, além do mais, a opção de caneleiras é sempre viável, ok Bento?
Quanto aos trabalhos de Filosofia Clínica e da Nova Acrópole, acredito que dão uma visão geral sobre o assunto. Talvez um tanto mercadológicos no sentido de que são dois grupos fechados que atuam na sociedade, mas qualquer abordagem que fosse feita certamente cairíamos no quesito “propaganda”. E independente disso eles foram lá e buscaram o conteúdo e dá brechas para buscarmos novos materiais.
Eis que fico por aqui, por mais que minha memória esteja uma colcha de retalhos, não é qualquer pedacinho de pano que a faz e sim, uma bela imagem de pessoas que correram atrás, buscaram, passaram raiva, surtaram, apaziguaram e chegaram no fim. Uma pena não ter participado de todos os momentos – queria ter sido fotografado com a turma – mas outras oportunidades viram e novas possibilidades aconteceram. Sucesso sempre.
Tapume de uma obra na UFU:
queremos vagas! queremos vagas!

Quem apareceu na última aula, ontem: Fernanda, José Pereira, José Paniago, Rafael Ferreira, Nélio e o professor. Conversa rápida e quase tudo resolvido, pois algumas pendências ainda tiram o sono do escolado mestre. Mas nada como um espírito natalino no fim de um ano letivo.

Duas notas e pronto: sete ou oito alunos também escreveram suas "memórias de curso" e cada um trouxe alguma contribuição. Por exemplo, Juliana contou os posts deste semestre de PIPPE: foram 44. Ficamos surpresos - e o diário de papel não tem espaço para esse registro, esse recorde ou essa inovação, diga-se. E já fizemos três novos posts depois disso. Os "memorialistas do PIPPESHOW": Cristiane, Juliana, Mariana, Nélio, Fernanda, Gabriel e Ramon. Se esqueci de algum, entrem com ressalva nos comentários.

LAST but not least: Agradecemos a contribuiçao de Fernanda Tatiani, que era monitora de LPTF2, mas acabou ajudando também no meio de campo desta empreitada, tipo  "Endless story". Fernanda, muito obrigado. Abraço da turma.

E agora, só nos resta entrar na onda do Jingle Bells e desejar a todos um Feliz Natal, conforme a tradiçao cultural e religiosa de cada um. Lembrete: é o aniversário de JC... Boas férias e boas leituras e comidinha boa na casa de vó ou de mãeinha ou de manhota...

Um comentário:

  1. Boas Festas a todos! Aprendi muito com todos vocês. Descansem, porque no próximo semestre tem mais, muito mais! Obrigado.

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